O Governo do Pará lança, na próxima sexta, durante a COP-29, em Baku, no Azerbaijão, o edital da Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu, a primeira concessão florestal brasileira voltada à restauração ecológica, remunerada com créditos de carbono gerados no próprio reflorestamento.
Pelo modelo, o vencedor terá 40 anos para recuperar a mata nativa de uma área pública de 10.300 hectares, no município de Altamira, que foi desmatada ilegalmente. Estima-se que 3,7 milhões de toneladas de carbono equivalente sejam sequestradas – ou 330.000 viagens de avião ao redor do mundo.
Com expectativa de investimento de 258 milhões de reais e criação de 2.000 empregos na região, o modelo é tratado pelo governador Helder Barbalho (MDB) como política de Estado de atração de investimentos para financiar o desenvolvimento social da Amazônia paraense.
“A Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu é um projeto-piloto. O mesmo conceito, de restauração remunerada com créditos de carbono, com investimento produtivo local, direto nas comunidades, será replicado por todo o Pará. Nossa meta é recuperar 5,6 milhões de hectares de florestas até 2030”, diz o governador.