Logo que conhecida a escolha de Jair Bolsonaro para o lugar de Celso de Mello no STF, as redes sociais de direita e conservadora se mobilizaram.
Esses aliados do presidente foram buscar informações sobre Kassio Nunes, do TRF-1, e, ao deparar com o perfil do desembargador – indicado ao tribunal por Dilma Rousseff e ter se posicionado contra a extradição de Cesare Battisti – caíram de pau.
Não faltaram ataques a Ciro Nogueira, senador do Piauí ligado ao Centrão e a quem se atribui a indicação de Nunes.
“Presidente Bolsonaro, por que não nos ouve? Por que não ouve seus eleitores? Presidente, para que comunicar antes ao STF? Para quê?”, escreveu um desses advogados num grupo de direita.
Outras postagens apontavam seus favoritos para a vaga do decano, como de Ives Gandra Filho e do ministro da Justiça, André Mendonça, que tem o endosso da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure).
“É um nome que goza de alta confiança e prestígio no governo e entre nós juristas evangélicos e mostra-se o mais consistente no atual cenário. De notável saber jurídico e reputação ilibada. Além disso, tem recebido o apoio das organizações religiosas, agências missionárias e instituições confessionais de ensino com as quais temos nos relacionados, sendo, portanto, um nome de consenso dentro do segmento evangélico”, diz a nota de anteontem, assinada pelo conselho da Anajure.