O governo de São Paulo deve definir quem vai gerir as sedes das oficinas culturais até 3 de julho. O prazo, porém, pode ser prorrogado por mais um mês a critério da secretaria estadual de Cultura, Marilia Marton. A nova gestão deve começar no próximo dia 15 de julho e o contrato se estende até 2029.
Conforme chamamento público publicado no Diário Oficial, a data deve ser fixada pelos concorrentes a gerir os espaços para análise dos pareceres técnicos das propostas. Os interessados podem se credenciar até 30 de maio na Secretaria de Cultura. A Poesis, gestora que teve o contrato para gerir as oficinas rescindido por decreto, também pode concorrer no chamamento público.
Como mostrou o Radar, as oficinas culturais vão se tornar um novo programa do governo estadual, o CultSP Pro. Serão 100 turmas, de 20 cursos mais voltados ao ensino técnico. Para 2025, o governo prevê ampliação para 250 turmas de pelo menos 50 cursos.
Segundo interlocutores da Secretaria de Cultura, os espaços não ficarão sem agenda cultural. O governo estuda uma programação com teatro, dança e exposições de artes mesmo durante o período de transição de gestão.
O fim do contrato gerou repercussão na Assembleia Legislativa de São Paulo. O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL-SP) pediu, por meio de Projeto de Decreto Legislativo, que a rescisão do contrato com a Poesis seja revista e entrou com ação no Ministério Público, no Tribunal de Contas Estadual e na Defensoria Pública.
Giannazi também quer convocar a secretária de Cultura para dar explicações na Alesp. A pasta ainda não recebeu convite formal para ir à sede do Legislativo paulista. No sábado, movimentos sociais ligados ao setor cultural protestaram contra a reformulação do programa.