No próximo dia 18 completam dois anos que Flamengo e Fluminense assumiram a gestão do Maracanã, depois que o então governador do Rio Wilson Witzel rompeu o contrato com a Odebrecht e entregou a gestão aos clubes.
A promessa era de que em quatro meses começaria um processo de licitação – mas de lá pra cá não houve muito movimento para que a medida de fato se concretizasse. Em setembro do ano passado, o governo anulou o Procedimento de Manifestação de Interesse com as propostas dos candidatos à concessão de 35 anos do estádio.
Nesta semana, o Tribunal de Contas do Estado cobrou um novo pregão por parte do governo estadual, agora sob a gestão do governador em exercício, Claudio Castro.
Enquanto isso, o Maracanã, símbolo do futebol brasileiro, se deteriora e os investimentos não acontecem nem na cobertura e nem na parte estrutural. O motivo é óbvio: sem a garantia de que serão os gestores, os times fazem a manutenção, mas não apostam em obras que exigem tempo e dinheiro.
ATUALIZAÇÃO, ÀS 19H53 de 31/03/2021: A assessoria de imprensa da Casa Civil do governo do Rio de Janeiro procurou o Radar para informar que “publicou no dia 10/3, um decreto nomeando as comissões técnica e especial de licitação para iniciar a nova concessão do complexo do Maracanã. A estimativa é que toda a ação seja concluída até o final de outubro deste ano”. Em nota, o governo afirmou ainda que “Flamengo e Fluminense têm uma permissão de uso, em caráter provisório, para o utilização do espaço. Este documento inclui várias responsabilidades, entre elas, a manutenção do complexo” e que mantém “uma equipe que realiza a fiscalização da gestão e operação do Maracanã e atua diretamente na interlocução com os dois clubes. Não há relato de descumprimento dos termos. Mensalmente, os clubes prestam conta das responsabilidades assumidas, dentre elas os gastos com manutenção”.