Além de Alexandre Baldy, a operação deflagrada nesta quinta-feira pela Lava-Jato contra desvios em contratos públicos atingiu o primo dele, Rodrigo Dias — que esteve à frente do FNDE, o milionário fundo da educação, entre agosto e dezembro de 2019. Ambos foram presos temporariamente.
Segundo os investigadores, o suposto envolvimento de Baldy e Dias ocorria principalmente em três situações. Facilitação para pagamento pelo Hurso, em Goiás, à Organização Social Pró Saúde com recebimento de vantagem indevida; o repasse de verbas pela empresa Vertude em razão de contratos com a Junta Comercial de Goiás e o desvio de verba pública em contrato firmado pela empresa com a Fiocruz.
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Clique e AssineNo pedido feito à 7ª Vara da Justiça Federal, o MPF solicitava que os investigados fossem presos preventivamente. O juiz Marcelo Bretas, porém, determinou que a medida fosse temporária, isto é, com prazo determinado de cinco dias.
A relação de Baldy e Dias com a OS foi delatada pelos ex-empresários Manoel Correa, Ricardo Brasil Correa e Edson Giorno. Segundo Brasil, Dias intermediou seu contato com Baldy em 2014 “com a promessa de que ele poderia solucionar o problema financeiro do hospital HURSO em Goiás, em troca do recebimento de R$ 500.000,00 em espécie”.