Empreiteiro que delatou Lula no Sítio de Atibaia pede socorro a Toffoli
Léo Pinheiro, que fechou delação e admitiu crimes envolvendo várias autoridades da República, quer parar de pagar a multa milionária de sua delação
Depois de ver o ministro Dias Toffoli suspender os pagamentos da leniência da Odebrecht e da multa da J&F na Lava-Jato, o empreiteiro Léo Pinheiro, que comandava a OAS e delatou favores para Lula no Sítio de Atibaia e no tríplex do Guarujá, decidiu também solicitar o benefício ao STF.
Até a redação do pedido de Pinheiro é semelhante ao recurso da empreiteira, concedido por Toffoli e divulgado nesta quinta.
O ex-empreiteiro da OAS pede acesso à íntegra do material colhido na Operação Spoofing. Na sequência, solicita a suspensão de “todas as obrigações pessoais e pecuniárias decorrentes do acordo de colaboração premiada firmado com o Ministério Público Federal até que o peticionário possa analisar os documentos oriundos da Operação Spoofing para fins de avaliar a possibilidade de revisão, repactuação ou revalidação do acordo em questão nas instâncias adequadas”.
A delação de Pinheiro envolve o pagamento de 45 milhões de reais em multa.
Em 2016, VEJA revelou que o empreiteiro havia incluído em sua proposta de delação um anexo em que relatava favores realizados pela empreiteira ao ministro Dias Toffoli, que agora irá decidir sobre o alívio financeiro ao delator.