Uma evidência de fraude ronda a venda de Hulk para o Zenit em setembro de 2012, uma das transferências mais caras da história do futebol. O jogador comunicou recentemente aos russos que nunca jogou no Campinense, clube que passou a constar na CBF três meses depois da transação como o seu formador.
Pelas regras da Fifa, os times que desenvolvem um atleta entre 12 e 23 anos de idade devem receber 5% do valor do negócio, que na ocasião chegou a 40 milhões de euros. Desde então, o clube paraibano já faturou quase 1 milhão de reais com a transferência. Quem teria enfiado o nome do Campinense nos documentos da CBF?
Até novembro de 2012, o passaporte de Hulk na CBF tinha o registro dos seguintes clubes formadores do jogador: Serrano (1998 a 2000), São Paulo (2002 a 2003), Vitória (2003 a 2006) e o Kawasaki (2006). O advogado Fernando Lamar, hoje no Vasco, foi quem pleiteou a inclusão do Campinense na relação.
A assessoria de imprensa de Hulk respondeu aos questionamentos sobre a polêmica:
1) Quanto ao registro alterado na CBF pela Federação Paraibana é uma questão jurídica. O Hulk não participou e apenas agora ficou sabendo do fato;
2) Se houve falsificação de assinatura e/ou de registro é caso de Polícia e será resolvida pela Justiça;
3) Há um outro processo em questão com pessoas usando o nome de Hulk para obter alguma vantagem. Ele quer todo o esclarecimento pela justiça. E reafirma que sempre falou a verdade e continuará assim, embora sempre torça para o sucesso do futebol paraibano.