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Por Robson Bonin
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Diretor da Conab que atua há meses na campanha de Bolsonaro enfim renuncia

Com salário de 31.500 reais, o executivo foi flagrado pelo Radar há mais de quatro meses matando expediente na produtora da campanha do presidente

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 jul 2022, 14h30

No último dia 18 de março, o Radar mostrou (com vídeos e fotos) que um diretor da Conab, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, matava expediente para trabalhar na campanha de Jair Bolsonaro à reeleição, em uma produtora de Brasília. Mais de quatro meses depois, sem ter deixado a dupla e ilegal jornada para trás, José Trabulo Junior finalmente entregou sua carta de renúncia nesta quarta-feira, válida a partir da quarta-feira da semana que vem.

Homem de confiança do chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e piauiense como o ministro, Trabulo Junior ganha salário de 31.500 reais para chefiar a Diretoria Executiva de Operações e Abastecimento da Conab, cargo que ocupa desde novembro de 2020. Ele foi escolhido para coordenar a logística da campanha do presidente e por isso passou a se ausentar por longos períodos do serviço.

Como flagrou o Radar em março, além de não ter se afastado do no governo, condição exigida pela lei para que burocratas se envolvam na campanha do presidente da República, ele ainda usava o carro oficial e o motorista da estatal.

em horário de expediente na Conab, Trabulo deixa a mansão de Ciro Nogueira e retorna ao QG provisório de campanha de Bolsonaro, que fica do outro lado da rua, onde está estacionado o Renault Fluence, carro oficial da estatal, usado pelo diretor
Em horário de expediente na Conab, Trabulo deixa a mansão de Ciro Nogueira e retorna ao QG provisório de campanha de Bolsonaro, que fica do outro lado da rua, onde está estacionado o Renault Fluence, carro oficial da estatal, usado pelo diretor (Gustavo Maia/VEJA)

Na carta endereçada ao presidente do Conselho de Administração da companhia, o executivo alegou “razões de cunho pessoal” para a renúncia. “Ao ensejo, apresento os meus agradecimentos pelo apoio recebido por esse Conselho de Administração durante o período em que estive ocupando o cargo de Diretor Executivo desta Companhia”, escreveu.

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Sem saber que havia sido flagrado no novo ofício, Trabulo disse ao Radar na ocasião que havia sido “sondado” para atuar na reeleição do presidente, mas negou que estivesse atuando no QG de campanha: “Estou conversando sobre o assunto, mas, por enquanto, ainda não tô dentro da campanha. Ainda não estou despachando lá (na produtora), eu já fui lá conhecer, mas ainda não foi fechado, ainda está em negociação”.

Questionado pelo Radar, em março, sobre as visitas à produtora no horário do expediente da Conab e o conflito com o cargo público que ocupa, Trabulo fez questão de reforçar que tinha tomado “cuidados”:

“Pois é. Tem sido sempre fora do expediente, justamente para não ter esse conflito. E, principalmente, eu aceitando a questão do cargo, quer dizer, aceitando os dois lados, não é só um lado que aceita, aí eu terei que me afastar da Conab por conta dessa questão do conflito. Mas tenho mantido aí um respeito de não ter esse conflito, sabe… Então, assim, só pra eu lhe dizer: eu tenho tomado esses cuidados, até porque eu não queria ter problema com a Conab. E aí acho que até o final do mês a gente toma uma decisão. Aí, sim, se eu aceitar, eu devo me afastar da Conab para que as coisas possam não ter conflito. Só queria preservar isso. Pode ser, meu irmão?”.

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