Questionado nesta sexta-feira se a meta fiscal de déficit zero em 2024 é factível, como defende Fernando Haddad, o presidente Lula afirmou que esse objetivo “dificilmente” será alcançado e que a meta “não precisa ser zero”. Ele também disse que não quer ter que começar o ano que vem fazendo cortes bilionários em obras.
“Tudo o que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal, a gente vai cumprir. O que eu posso dizer é que ela não precisa ser zero. País nenhum precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo cortes de bilhões nas obras que são prioritárias para este país”, declarou o presidente, em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.
Na sequência, ele comentou que acha que “muitas vezes o mercado é ganancioso demais e fica cobrando uma meta que eles sabem que não vai ser cumprida”. E que sabe da disposição e da vontade do seu ministro da Fazenda e da própria disposição.
“E quero dizer para vocês que nós dificilmente chegaremos à meta zero. Até porque eu não quero fazer corte de investimentos de obras. E se o Brasil tiver um déficit de 0,5%, o que é que é? De 0,25%? O que é que é? Nada. Absolutamente nada. Então nós vamos tomar a decisão correta e nós vamos fazer aquilo que vai ser melhor para o Brasil”, concluiu.