Depois de Textor, CPI avalia sessão secreta com árbitros do Brasileirão
Presidente da comissão, Jorge Kajuru, apresenta e pauta para quarta-feira convite a Raphael Claus e Daiane Muniz
O presidente da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), apresentou nesta terça-feira, um dia depois de ouvir o depoimento do sócio majoritário da SAF do Botafogo, John Textor, requerimentos para ouvir o árbitro de campo Raphael Claus e a árbitra de vídeo Daiane Muniz em reuniões secretas da comissão.
A intenção é fazer perguntas sobre a aplicação do VAR, “particularmente nos Campeonatos Brasileiros de 2022 e 2023, e de eventuais influências em resultados das partidas”. Os convites, assinados também por Carlos Portinho (PL-RJ), estão na pauta da reunião deliberativa da CPI marcada para esta quarta-feira, às 14h.
No domingo, pela quarta rodada do Brasileirão, Claus apitará o clássico entre Flamengo e Botafogo no Maracanã, às 11h. Daiane Muniz foi escalada como árbitra de vídeo do confronto entre Internacional e Atlético-GO, às 20h do mesmo dia.
Na justificativa dos requerimentos, os senadores afirmam que a dupla atuou junta em 11 partidas dentre as 38 rodadas do Campeonato Brasileiro de 2023, enquanto “outras duplas de juízes foram escaladas em, no máximo, três partidas, o que caracteriza uma evidente distorção na escala de árbitros”.
Kajuru e Portinho dizem que os árbitros se envolveram em “lances polêmicos” em alguns jogos, citando a vitória do Flamengo por 2 a 1 sobre o Botafogo, em 3 de setembro, e a goleada por 4 a 2 do Vasco sobre o Fluminense, em 16 de setembro; e o empate por 2 a 2 entre Palmeiras e Corinthians no Campeonato Paulista de 2024.