Hoje com a demissão encaminhada, o presidente interino do INSS, Glauco Wamburg, vinha reclamando da falta de estrutura do órgão, especialmente da carência de servidores para diminuir a longa fila para acessar benefícios da seguridade social.
Como mostrou o Radar, a saída de Wamburg do INSS foi definida pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi, em uma longa reunião na Casa Civil e deve ser formalizada ainda nesta quarta-feira.
Em entrevista ao Correio Braziliense no início de junho, Wamburg queixou-se de que o INSS havia perdido “mais da metade” dos servidores nos últimos dez anos – 6.000 deles só em 2019.
Também afirmou que a pandemia de Covid-19 pesou como fator de aumento da espera pelos serviços – principalmente benefícios por incapacidade e pensões por morte.
A insuficiência do quadro de pessoal agrava as dificuldades da gestão do órgão, com longas filas de perícia médica e até problemas básicos, como corte de energia elétrica em agências por falta de pagamento.
Há duas versões para o corte na chefia do INSS – não necessariamente excludentes. A primeira é que o próprio Wamburg, ao saber da movimentação para sua saída, decidirá pedir demissão por “motivos pessoais”. Isso, no entanto, não foi confirmado pelo Radar, que procurou Wamburg e não obteve retorno.
Na versão de auxiliares de Lupi, no entanto, o chefe do INSS vai cair por “divergências internas” com a equipe do ministro. No lugar de Wamburg, deve assumir o comando do órgão provisoriamente Alessandro Stefanutto.