As acusações de Tony Garcia contra Sergio Moro e então procuradores da Lava-Jato no Paraná, reveladas pelo Radar na edição de VEJA que está nas bancas, estão numa petição enviada recentemente ao gabinete do ministro Dias Toffoli, no STF.
Garcia diz que atuava para atingir alvos escolhidos por Moro e que prestava contas das “missões” em conversas sigilosas com o então juiz, no gabinete da Vara Federal, e procuradores da força-tarefa.
No próximo dia 9, Garcia vai prestar um novo depoimento à Justiça. Além de Moro, o delator cita os então procuradores da Lava-Jato Deltan Dallagnol, Carlos Fernando, Januário Paludo e Diogo Castor.
O Radar não conseguiu contato com os ex-integrantes da força-tarefa. Moro rebateu as acusações de Garcia: “Tony Garcia é um criminoso que foi condenado, com trânsito em julgado, por fraude e apropriação indébita. A pedido do Ministério Público e com supervisão da Polícia Federal, resolveu colaborar com a Justiça em investigação de esquemas de tráfico de influência e corrupção, ocasião na qual foi autorizado a gravar seus cúmplices. Este tipo de diligência é autorizada pela lei. Nunca houve qualquer escuta clandestina de conhecimento do senador, à época juiz, Sergio Moro”.