A cúpula da CPI que investiga fraudes financeiras na Câmara dos Deputados informou nesta quinta-feira que vai pedir a condução coercitiva de Ronaldinho Gaúcho. O relator da Comissão, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), questionou a ausência do ex-atleta, que descumpriu a convocação dos parlamentares e não foi depor em duas oportunidades.
“A lei fala que a convocação tem que ser cumprida. Por que não se antecipou? Ainda que não tivesse o voo, mas vários voos ocorreram, inclusive nesta manhã, de Porto Alegre, pousando em Brasília”, disse o relator. “Essa justificativa não encontra amparo legal, compete a essa Comissão Parlamentar de Inquérito buscar o meio jurídico e a condução coercitiva”, seguiu.
“A decisão do pedido feita pela condução coercitiva do senhor Ronaldo é uma decisão já da mesa, que já está tomada, e vai já ser protocolada no juízo competente”, concluiu Silva.
O empresário Roberto de Assis Moreira, irmão do jogador, foi à Câmara e negou o envolvimento do ex-camisa 11 da seleção brasileira com a empresa 18k Ronaldinho, que aplicava golpes prometendo rendimentos falsos em investimentos de criptoativos. Assis afirmou que Ronaldinho licenciou o direito de uso de imagem à empresa 18k Watches, mas não tinha conhecimento da pirâmide financeira por trás da marca.