A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado aprovou nesta terça-feira pedidos para ouvir os depoimentos dos atacantes Luiz Henrique, do Botafogo, e Bruno Henrique, do Flamengo.
Os integrantes da comissão de inquérito querem questionar os jogadores sobre suspeitas envolvendo o recebimento de cartões amarelos com possível benefício premeditado a apostadores.
Um dos dois requerimentos que a CPI aprovou para ouvir Luiz Henrique é de convocação, que impõe a obrigação, por lei, de comparecer ao colegiado na data marcada.
O presidente da comissão, Jorge Kajuru (PSB-GO), já declarou que o atacante alvinegro só seria chamado depois do depoimento do meia Lucas Paquetá, do West Ham, previsto para dezembro.
Já os pedidos que têm Bruno Henrique como alvo são convites.
Entenda os casos
A justificativa para chamar Luiz Henrique à CPI é a publicação de uma reportagem pelo UOL segundo a qual Bruno Tolentino, tio de Lucas Paquetá, e seu filho teriam transferido um total de 40.000 reais via Pix para o atacante quando ele ainda atuava no Real Betis, da Espanha.
A reportagem diz que o dinheiro foi transferido em datas próximas a partidas em que Luiz Henrique recebeu cartões amarelos. Ao UOL, Tolentino negou que os depósitos estivessem relacionados a apostas.
Convocado à CPI, o tio de Paquetá não respondeu a perguntas dos senadores, dizendo que permaneceria em silêncio por orientação de seus advogados.
Já Bruno Henrique foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na última terça-feira. A suspeita recai sobre a derrota por 1 a 0 contra o Santos no Brasileirão de 2023.
Segundo a investigação, houve um volume muito acima da média de apostas em que o atleta do Flamengo receberia cartão amarelo – o que, de fato, aconteceu.