A CPI da Braskem ouve nesta terça-feira o depoimento do advogado Alexandre Vidigal de Oliveira, que foi secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia de 2019 a 2021 e, segundo o pedido para convocá-lo, era a autoridade responsável pela fiscalização e monitoramento da extração de sal-gema pela petroquímica em Maceió.
Desde 2021, Vidigal é sócio do escritório Caputo, Bastos e Serra Advogados, com especialização em direito público e licitações e contratos administrativos na área da mineração.
Na reunião da CPI em 6 de março, o ex-diretor do Serviço Geológico Brasileiro (SGB) Thales Sampaio afirmou que, ainda em 2019, Vidigal chegou a propor a criação de um fundo sob gestão do Estado, no qual a Braskem depositaria o dinheiro para custear os trabalhos do SGB em Maceió.
“Fiz um orçamento do que precisaria ser feito de julho de 2019 em diante, bastante completo esse documento, protocolado no Ministério de Minas e Energia, e esse dinheiro não foi liberado pelo Serviço Geológico do Brasil, porque, aí, a Braskem (disse) ‘não, eu vou fazer os furos estratigráficos, eu vou fazer a rede sísmica’. Então, a rede sísmica… precisa ter uma rede sísmica lá, de monitoramento sísmico, precisa ter interferometria. Isso quem tem é a Braskem. O dado que ela passa é o dado que ela quer passar. Ela está passando tudo? Não sei”, declarou Sampaio na ocasião.