Contas controversas
Continua nebulosa a prestação de contas da campanha de Helena Ventura, a modesta enfermeira que se candidatou a deputada estadual em Minas Gerais pelo PT em 2014 e teria gasto 36,2 milhões de reais em serviços da Gráfica e Editora Brasil, do notório e enrolado Bené (leia mais aqui). Quando as cifras astronômicas vieram à […]
Continua nebulosa a prestação de contas da campanha de Helena Ventura, a modesta enfermeira que se candidatou a deputada estadual em Minas Gerais pelo PT em 2014 e teria gasto 36,2 milhões de reais em serviços da Gráfica e Editora Brasil, do notório e enrolado Bené (leia mais aqui).
Quando as cifras astronômicas vieram à tona, Helena se apressou a justificar que tudo fora um erro matemático de sua contadora e que havia pago apenas 725 reais à gráfica. A prestação de contas foi atualizada na semana passada, sem os 36,2 milhões de reais. A enfermeira, no entanto, também alterou todas as doações a sua candidatura, que sequer foi homologada pelo TSE.
Até mudar os números, Helena havia declarado 26 930 reais, dos quais 1 450 vindos da gráfica de Bené, 22 300 do PT mineiro e 3 180 da Sempre Editora. Na conta atualizada, diz ter recebido 18 900 reais. O Comitê Financeiro do PT lhe repassou 2 149 reais da JBS, 12 156 reais da Vale Energia e 1 450 reais da Construtora Centro Leste. A Sempre Editora agora aparece como doadora de 3 144 reais.
Os gastos de Helena Ventura, antes milionários, agora não passam de 30 898 reais. Um escritório de advocacia recebeu 13 144 reais da candidata, a Contabilidade Shalom, que cometera o tal erro nas contas, faturou 17 000 reais, e Anderson Giovane de Carvalho recebeu 750 reais.
E a gráfica de Bené? Agora, a Gráfica e Editora Brasil Ltda. sequer aparece entre os fornecedores da enfermeira-candidata.