O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, mandou o corregedor do Tribunal de Justiça de Alagoas, Domingos Lima Neto, e seis juízes da corte estadual darem explicações, em até 15 dias, sobre acusações de “indícios de violação a deveres funcionais” no processo referente à falência da Usina Laginha, conglomerado fundado pelo ex-deputado federal João Lyra, morto em 2021.
A decisão teve origem em uma reclamação disciplinar de Igor Telino, que era administrador judicial da massa falida da Laginha até junho, quando foi substituído. Telino afirma que os juízes da comissão da falência da usina devem ser indicados pela presidência do TJ – mas, segundo ele, a atual comissão foi sugerida “de maneira indevida” pelo corregedor e acatada pelo presidente do tribunal.
O ex-administrador judicial da massa falida bilionária também afirma que, quando ainda ocupava a função, foi convidado para uma reunião com juízes da comissão da falência em que a esposa de um deles, Helestron Silva da Costa, estava presente. Segundo Telino, ela é sócia de uma advogada ligada ao novo administrador judicial, Armando Wallach.
Salomão notificou o desembargador Domingos de Araújo Lima Neto, corregedor do TJAL, e os juízes Phillippe Melo Alcântara Falcão, Marcella Waleska Costa Pontes de Mendonça, Helestron Silva da Costa, Thiago Augusto Lopes de Morais, Nathalia Silva Vianna e Larrissa Gabriella Lins Victor.