O Conselho Nacional de Justiça determinou que oito magistrados do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro sejam investigados por suspeitas de participarem de esquema de venda de sentenças.
O nome de sete desembargadores e o de uma juíza do tribunal foram citados em delações dos ex-presidentes da Fetranspor José Carlos Lavouras e Lélis Teixeira.
Na delação com 39 anexos de Lavouras, o chefe da federação de ônibus explica como irrigava o bolso de pessoas poderosas no Rio em troca da criação de políticas públicas do interesse de seus negócios.
A compra de magistrados seria uma forma de garantir bons resultados judiciais.
A ministra do CNJ Maria Thereza de Assis Moura determinou uma devassa de um dia nos gabinetes dos magistrados a partir desta segunda-feira.
Durante a chamada “correição”, magistrados e técnicos indicados pelo CNJ analisam documentos das varas para buscar indícios de irregularidades.
O procurador-geral de Justiça do Estado, o defensor público-geral e o presidente da seccional da OAB-RJ poderão acompanhar os trabalhos, se quiserem.
“Fica instaurada a correição extraordinária nos gabinetes dos desembargadores Adriano Celso Guimarães, Cherubin Helcias Schwartz Junior,Guaraci Campos Vianna, Helda Lima Meireles, José Carlos Maldonado de Carvalho, Marcos Alcino de Azevedo Torres e Mario Guimarães Neto; e no gabinete da juíza Roseli Nalin, todos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro”, diz portaria do CNJ.