Jair Bolsonaro está diante de uma tremenda saia-justa internacional. Chefe de Estado brasileiro, ele deve assinar o diploma e pagar metade dos 100 000 euros dados pelo Prêmio Camões de literatura ao vencedor.
O problema é que o laureado desse ano é ninguém menos que Chico Buarque, o amigão de Lula. As três vias do diploma, assinadas pelo presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, já chegaram ao governo para ganharem o autógrafo de Bolsonaro e retornarem a Lisboa. Estão com Osmar Terra, a quem a Cultura está subordinada.
Chico foi escolhido em maio, por unanimidade, pelo júri formado por representantes do Brasil, Portugal, Moçambique e Angola. A cerimônia de entrega ainda será marcada, em Lisboa.
Na semana passada, o Itamaraty vetou a exibição de um filme sobre o cantor, compositor e escritor numa mostra de filmes no Uruguai.
Bolsonaro vai liberar o prêmio, sobretudo depois da visita que Chico fez nessa quinta a Lula na cadeia?