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CGU vê desperdício de R$ 11,6 bi na Agência Nacional de Mineração

Relatório aponta “elevado grau de informalidade na execução das fiscalizações” do órgão.

Por Manoel Schlindwein Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 dez 2020, 11h11 - Publicado em 21 dez 2020, 10h32
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  • Caminhão de transporte na usina de minério de ferro de Carajás (PA)
    Caminhão de transporte na usina de minério de ferro de Carajás (PA) (Otávio Dias de Oliveira/Folhapress/VEJA)

    A Controladoria Geral da União divulgou nesta terça-feira um relatório de avaliação das atividades da Agência Nacional de Mineração (ANM) onde aponta diversas irregularidades cometidas pelo órgão. O documento, focado na fiscalização e cobrança da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), destaca “baixa formalização e padronização dos procedimentos de planejamento, execução, comunicação e registro dos resultados das fiscalizações, bem como falta de revisão e supervisão em todas as etapas dos trabalhos realizados”.

    Na prática, diz a CGU, os “sistemas de informação são falhos e insuficientes para fomentar uma gestão eficiente e eficaz”, “os instrumentos de articulação interinstitucional da ANM para fiscalização da CFEM não alcançaram os resultados esperados” e, desta forma, “constataram-se indícios de arrecadação de CFEM a menor”.

    A ANM é a responsável por gerir os recursos minerais do país. Cabe à ela regular e fiscalizar as atividades de exploração e cobrar das mineradoras a CFEM. Esse trabalho, na visão da CGU, é realizado “sem planejamento estruturado e com certo grau de improviso”.

    Para se ter uma ideia do que a CGU aponta, dos “pouco mais de 96 mil CNPJs e CPFs cadastrados em diferentes tabelas da base de dados da Agência, 50 mil não foram localizados na base” da Receita Federal. Não à toa, a “falta de integração entre os sistemas utilizados pela ANM resulta em uma atuação ineficiente”, “há excesso de processos administrativos acumulados” e “uma análise de recurso chega a demorar dez anos para ser efetuada”.

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    A fiscalização nos Estados diminuiu significativamente, de 2.184 em 2014 para 173 em 2019. No ano passado, Estados como Acre, Mato Grosso do Sul, Roraima e Tocantins não tiveram qualquer tipo de fiscalização por agentes da ANM.

    Nas palavras da CGU: “vê-se que sensação de impunidade e ausência de controle do Estado promove a banalização e naturalização de mecanismos que propiciam ou promovem a transgressão às leis, reforçadas pela ineficácia dos aparatos legais de controle e garantia da ordem”.

    O diagnóstico leva a Controladoria a concluir, na página 61 do relatório, que “fazendo-se uma projeção do valor que deveria ser arrecadado caso as mineradoras realizassem o pagamento regular das suas obrigações (…) no exercício de 2019 deveria se ter uma arrecadação a maior entre R$ 5,8 bilhões à R$ 11,6 bilhões”.

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