Marcado como um dos escândalos da época do mensalão, o episódio dos dólares encontrados na cueca de um assessor do deputado José Guimarães (PT-CE) chegou a um fim nesta semana, dezesseis anos depois.
A Justiça reconheceu a prescrição do caso tanto para o parlamentar quanto para o assessor, José Adalberto Vieira da Silva, determinando a extinção de possibilidade de qualquer punição criminal devido à falta de provas.
A sentença foi assinada pelo juiz federal Danilo Fontenele Sampaio, da 11ª Vara Federal do Ceará.
Em 2005, o assessor de José Guimarães foi preso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com 200 mil reais numa mala de mão e 100 mil dólares escondidos em um saco de plástico dentro da cueca.
O caso levou à saída de José Genoíno — irmão de Guimarães — da direção do PT um dia depois do escândalo.
Para o advogado do deputado, Marcelo Leal, a decisão encerra definitivamente o caso.
“Depois de dezesseis anos o Estado não conseguiu comprovar nenhuma participação de José Guimarães, que já havia sido inocentado anteriormente em decisão perante o STJ. Esta decisão vem colocar fim a dezesseis anos de angústias e injusta condenação pública de alguém que sempre se mostrou inocente”, avalia o defensor.