Durante reunião com empresários na Fiesp, nesta terça-feira, Lula criticou o despeito com que Jair Bolsonaro tem tratado o manifesto assinado pela sociedade civil em defesa da democracia e de eleições livres neste ano. O manifesto, que foi articulado pela Fiesp e outras entidades, já atingiu centenas de milhares de assinaturas.
Bolsonaro, por sua vez, tem se referido à carta no diminutivo e tem dito que ela seria um apoio velado à eleição de Lula. O petista disse, nesta terça, que o presidente não tem apreço pela democracia e, além disso, tem simpatia por grupos paramilitares que dominam regiões pobres do Rio de Janeiro.
“A carta que o Bolsonaro defende é a de milicianos do Rio de Janeiro”, afirmou Lula.
O ex-presidente disse ainda que o país precisa voltar a ter credibilidade internacional e a dialogar com as nações da América Latina. Afirmou que o país precisa de estabilidade política e previsibilidade institucional.
“Nem a Suprema Corte pode fazer política, nem o Congresso pode fazer o trabalho do Supremo. É preciso retomar uma certa normalidade”, disse.