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Cármen Lúcia diz que Rosa assume em momento de ‘tumulto e desassossego’

Ministra discursou durante posse da colega na presidência do Supremo nesta segunda-feira

Por Lucas Vettorazzo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 set 2022, 18h31 - Publicado em 12 set 2022, 18h08

Durante discurso na posse de Rosa Weber no comando do STF, na noite desta segunda em Brasília, a ministra Cármen Lúcia afirmou que a colega assume a presidência no Supremo em tempos turbulentos da história do país e do mundo. Segundo a magistrada, o momento “cobra decoro” e demanda compostura.

“Vossa excelência, ministra, não assume o cargo em momento histórico de tranquilidade social e de calmaria, política, econômica nem social. Bem diferente disso, os tempos são de tumulto e de desassossego, no mundo e, não diferente disso, no Brasil. Por isso, tanto mais, é necessária a presença de pessoas com as extraordinárias qualidades de vossa excelência, de decência, de prudência e de solidez de posições, combinada com especial lhaneza de trato. O momento cobra decoro e a República demanda compostura, tudo o que vossa excelência tem para servir de exemplo em tempos de desvalores muitas vezes incompreensíveis”, afirmou.

A ministra não chegou a citar textualmente o presidente Jair Bolsonaro, que insiste em ameaçar as instituições e a propagar valores antidemocráticos, mas afirmou que são inaceitáveis “sentimentos que agridem os princípios civilizatórios de respeito às desigualdades e às diferenças”.

“Não são aceitáveis comportamentos nem sentimentos que agridem os princípios civilizatórios de respeito às desigualdades e às diferenças. Diferenças essas que informam a pluralidade, veio de enriquecimento da experiência humana. Não se há de admitir práticas voltadas à desqualificação agressiva de instituições e cidadãos, num indesejável estado hobbesiano. Neste, há carência de pensamentos livres e de desenvolvimento humano e social voltado à construção de um futuro fraterno e justo para todos. Não se promove a democracia com comportamentos desmoralizantes de pessoas e de instituições. A construção dos espaços de liberdades não se compadece com desregramentos nem com excessos”, disse.

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Cármen seguiu em seu discurso mandando recados claros aos que insistem em disseminar a intolerância por meio de “vulgaridades retóricas plenas de palavras ocas de princípios”. “Por isso vossa excelência descarta desvalores propagados e muitas vezes adotados até em espaços públicos. Vossa excelência recusa vulgaridades e retóricas plenas de palavras ocas de princípios, despojadas de respeito e de responsabilidade. E é esse o conviver respeitoso que se espera e se exige, mais ainda, no espaço público. E é da história desta Casa a recusa ao desrespeito humano, político e social. Este Supremo Tribunal Federal tem hoje na sua presidência uma mulher de bem. Em tempos difíceis, no qual o mal força portas de corações e mentes introduzindo até mesmo despautérios civilizatórios, que já se pensavam sepultados por serem incomuns aos humanos, a presidência de vossa excelência, ministra Rosa Weber, constitui um valor a mais, a mostrar um quadro modelar de atuação humana responsável com vista à realização do bem de todos”, disse a ministra.

 

 

 

 

 

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