Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Radar

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Notas exclusivas sobre política, negócios e entretenimento. Com Gustavo Maia, Nicholas Shores e Pedro Pupulim. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Caciques do DEM encaram ameaças de Maia como ‘birra’

Silêncio do chefe da Câmara permitiu que prosperassem no noticiário rumores sobre a desfiliação dele do partido e de risco de impeachment a Bolsonaro

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Manoel Schlindwein Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 fev 2021, 15h43 - Publicado em 1 fev 2021, 13h41
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Rodrigo Maia colheu duras derrotas dentro do seu partido, o DEM, durante a campanha de Baleia Rossi ao comando da Câmara. As facadas do seu partido, diga-se, decorrem da mágoa deixada nos caciques por causa da insistência de Maia em tentar o voo solo de uma reeleição, desgastando aliados e atraindo dificuldades para a sigla continuar no comando do Senado.

    Os caciques do DEM dão como certo que Davi Alcolumbre teria conseguido autorização para disputar a reeleição, se Maia não tivesse tentado pegar carona.

    Por considerar que o presidente da Câmara só trabalhava para o seu próprio projeto, não o do partido, a turma de ACM Neto foi se distanciando de Maia e preparando pequenas vinganças, como a última, de liberar a bancada para votar no seu opositor, Arthur Lira.

    Os rumores que surgiram ao longo do dia, de que Maia poderia aceitar um dos tantos pedidos de impeachment contra Bolsonaro, guardados na gaveta dele há tempos, foram vistos como “birra de perdedor”. Algo semelhante foi dito sobre ameaça de que o deputado deixaria o partido por se sentir traído.

    Na avaliação de integrantes da cúpula do DEM, Maia está ferido, mas não mancharia sua carreira política sendo o atirador suicida que jogaria o país numa crise artificial de impeachment.

    Continua após a publicidade

    Não há clima político para o acolhimento do pedido. Se Maia colocasse seu CPF nessa jogada, faria a alegria momentânea de algumas figuras da oposição, mas não chegaria a lugar nenhum.

    O próximo passo depois do sim de Maia, no processo de cassação do presidente da República, seria a formação de uma comissão com os líderes dos partidos, que analisaria o pedido recebido. A coisa, como se vê, morreria aí, já que Bolsonaro nutre apoio político para evitar a sequência do processo.

    Maia, por outro lado, ao fazer tal movimento, confirmaria aos olhos do mercado a imagem de despreparo político que seus inimigos sempre tentaram atribuir a ele. Dois analistas ouvidos pelo Radar avaliam como quase nula a possibilidade do presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) seguir com a abertura de um pedido de impeachment.

    Continua após a publicidade

    O gesto, no final das contas, poderia prejudicar o próprio parlamentar, ressalta a economista Stefany Oliveira, da Toro Investimentos. “Foi um gesto de inconformidade”, ressalta a analista. “Se, de fato, o pedido de impeachment ocorrer, isso poderia manchar a imagem do próprio Maia, que está no seu último dia de cargo”, completou. É por isso, argumenta, que o mercado não acredita que a possibilidade vá ocorrer.

    O foco hoje é na eleição dos presidentes de Câmara e do Senado e não na declaração de Maia, argumenta João Rosal, economista-chefe da Guide Investimentos. “A possibilidade é muito remota de que esse arrombo de Rodrigo Maia se materialize”, explica Rosal. Na eventualidade da abertura do pedido de impeachment ocorrer, ele não deve prosperar, pois há grande possibilidade de o candidato do governo, Arthur Lira, ganhar a presidência.

    Para integrantes do DEM, uma decisão favorável de Maia ao impeachment, nas últimas horas de mandato como chefe da Câmara, soaria como golpe a Bolsonaro, abrindo caminho para que o presidente vestisse a figura de vítima e recorresse a toda sorte de narrativas para seguir no cargo. A aposta no caos, algo sonhado pelo bolsonarismo radical, teria na ação de Maia sua maior incentivadora.

    Maia, claro, sabe de tudo isso. Daí o motivo de seus colegas não acreditarem no balão de ensaio lançado no noticiário.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.