Durante um evento paralelo ao Fórum Permanente sobre Pessoas Afrodescendentes, em Genebra, na Suíça, a secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Rita Oliveira, defendeu que medidas reparatórias são formas de materializar o compromisso com os direitos humanos. A fala ocorreu nesta terça, no debate “Atlântico Vermelho – A Realização dos Direitos Humanos para Indivíduos Negros Através do Poder da Arte”, na sede da ONU.
Como representante do governo brasileiro, ela relatou esforços realizados pelo país para promover a cidadania e ressaltou a importância da memória e da verdade como meio de reparar, historicamente, a escravidão e o tráfico de pessoas escravizadas. A coordenadora-geral de Memória e Verdade da Escravidão e do Tráfico Transatlântico de Pessoas Escravizadas do ministério, Fernanda Thomaz, também integra a comitiva para participar de reuniões bilaterais e discutir a memória.
Criado em 2021, o fórum é um espaço para os países discutirem temas importantes para a população afrodescendente no mundo, incentivar e valorizar a participação de organizações da sociedade civil e pessoas defensoras de direitos humanos. O evento segue até sexta-feira com o objetivo de aprofundar a reflexão sobre o racismo sistêmico, a justiça restaurativa e o desenvolvimento sustentável na Década Internacional dos Afrodescendentes, que acaba neste ano.