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Boulos aciona Tarcísio e Nunes na Justiça Eleitoral após fala sobre PCC

“Trata-se de gravíssima tentativa de influenciar no resultado do pleito, no dia da eleição, de uma forma jamais vista”, diz candidato do PSOL

Por Nicholas Shores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 out 2024, 17h10 - Publicado em 27 out 2024, 16h40
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  • Guilherme Boulos entrou com uma ação na Justiça Eleitoral por abuso de poder político contra Tarcísio Gomes de Freitas, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e seu candidato a vice, o coronel Mello Araújo (PL), depois de o governador de São Paulo dizer neste domingo que teria havido um “salve” do PCC orientando voto no candidato do PSOL no segundo turno da eleição paulistana.

    “Trata-se de gravíssima tentativa de influenciar no resultado do pleito, no dia da eleição, de uma forma jamais vista no Estado de São Paulo”, diz Boulos na ação de investigação judicial eleitoral. 

    A pena em caso de condenação é de inelegibilidade de oito anos e cassação do registro ou diploma do candidato “diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação”, segundo a Lei Complementar 64 de 1990.

    Tarcísio deu a declaração em entrevista a jornalistas depois de votar no Colégio Miguel de Cervantes, por volta das 12h deste domingo. “Teve o salve, teve o salve… Houve interceptação de conversas e de orientações que eram emanadas de presídios, por parte de uma facção criminosa, orientando pessoas em determinadas áreas a votar em determinados candidatos. Houve essa ação de inteligência, houve essa interceptação, agora isso não vai ter influência nenhuma na eleição”, disse o governador.

    Ao ser perguntado por uma repórter qual era o candidato em que, segundo as informações que o governador alegava ter, a facção criminosa orientava seus comparsas a votar, Tarcísio respondeu: “Boulos.”

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    Ministros de Lula reagem

    O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que, no primeiro turno, houve o laudo falso apresentado por Pablo Marçal, e, no segundo, um “salve falso” e “desespero” do governador de São Paulo.

    “A virada do 50 deixou muita gente desesperada”, escreveu o petista em seu perfil no X.

    Também no X, o chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o ministro Paulo Pimenta classificou a declaração de Tarcísio como “uma vergonha”.

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    “Mostra o desprezo aos princípios republicanos que ele deveria respeitar. Esse comportamento não pode ser ignorado pelas autoridades. Tarcísio de forma covarde cometeu um crime e deve ser responsabilizado por isso”, escreveu.

    O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, declarou que a fala do governador “compromete os princípios republicanos que deveriam guiar o processo eleitoral”. “Tal comportamento não pode ser ignorado pelas autoridades competentes, principalmente no que tange à preservação da integridade das eleições”, defendeu.

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