Presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann deu uma entrevista no Paraná em que fala da alegria de ter visto Edson Fachin subverter o velho dito do Barão de Itararé — “de onde menos se espera, dali mesmo é que não sai nada” — ao livrar Lula da Lava-Jato na semana passada.
A petista, além de festejar a decisão de Fachin, falou do primeiro discurso de Lula, comemorou o fato de Jair Bolsonaro ter “sentido” a pancada do retorno do petista ao jogo eleitoral e falou dos próximos passos da sigla.
“A partir do momento que Lula virou ator completo no jogo político brasileiro, ele expandiu a força da voz dele. Ele tem um poder agregador. Ele fez uma fala de presidente da República, uma fala de acolhida para agregar e acolher a população… Lula colocou o povo no colo e falou, olha, tem solução”, diz a petista ao blog do Esmael. “Bolsonaro sentiu a chegada do Lula. Ele ficou realmente no canto. Teve um nocaute”, disse a deputada petista.
Questionada se já era hora de o PT se unir ao PSDB e a outros partidos para formar uma frente ampla contra Bolsonaro, a petista desconversou. Disse que o petismo precisa, de fato, organizar as forças de enfrentamento para a disputa presidencial, mas revelou que Lula só autorizou o partido a formar frente ampla no combate ao coronavírus. Aliança eleitoral eles irão discutir no segundo semestre.
“O presidente Lula fez um chamado para uma aliança política de enfrentamento da pandemia… Essa é a frente ampla da política para enfrentamento desse momento”, disse Gleisi. “Frente eleitorais serão discutidas quando chegar o momento. Ninguém está autorizado a discutir aliança eleitoral em nome do PT”, disse a petista.