O Radar mostrou na sexta que a campanha de Jair Bolsonaro havia preparado uma espécie de treinamento para o presidente realizar nesta segunda, antes da entrevista no JN. O presidente dispensou o exercício de perguntas e passou o fim de semana conversando com ministros e figuras do seu núcleo familiar. Ouviu conselhos de Paulo Guedes, Fábio Faria e Carlos Bolsonaro.
Como é imprevisível e tem o temperamento explosivo, quando provocado, o presidente foi aconselhado a redobrar o cuidado na forma de lidar com Renata Vasconcelos e Bonner. Com 40 minutos de entrevista, o receio dos auxiliares é de que o presidente seja grosseiro com a apresentadora, o que lhe tiraria pontos no eleitorado feminino.
O presidente vai bater pesado em Lula e no PT durante a entrevista. Falará das obras inacabadas do petismo que o governo dele terminou, lembrará da transposição do Rio São Francisco, falará dos desafios da economia que o governo enfrentou durante a pandemia e com a guerra na Ucrânia, mostrará os resultados do Auxílio Brasil e tentará ao máximo ampliar a rejeição de Lula falando da corrupção petista.
“O presidente foi aconselhado a falar para fora da bolha. Falar para a dona de casa, falar das coisas do governo que deram certo, dos desafios da economia e, claro, bater no Lula”, diz um auxiliar do presidente.
Bolsonaro irá ao JN acompanhado de Paulo Guedes, de Fábio Faria e Fabio Wajngarten. O aparato presidencial também terá uma sala especial na emissora para ser recebido.