Jair Bolsonaro voltou a demonstrar nesta sexta incômodo com a alta dos combustíveis e os impactos disso em sua popularidade e no seu projeto de reeleição neste ano. Bolsonaro aproveitou a oportunidade de seu discurso durante um evento sobre o Inmetro para fustigar o chefe da Petrobras, Joaquim Silva e Luna e verbalizar a sua frustração com o tema.
O presidente disse que esteve em uma reunião na sede da empresa e mandou a diretoria trabalhar mais para resolver o problema. Ele sugeriu que o salário dos executivos é alto e reclamou que a questão da gasolina, no fim, “cai no meu colo”. Bolsonaro insistiu também na ladainha sobre os prejuízos causados à Petrobras nas gestões de Dilma Rousseff.
“O diretor ganha 110 mil por mês. O presidente, mais de 200 mil por mês e no final do ano ainda tem alguns salários de bonificação. Os caras têm que trabalhar! Têm que apresentar a solução e mostrar o que está acontecendo. ‘Ah, a gasolina tá alta’. Cai no meu colo. Eu não tenho como interferir na Petrobras, mas cai no meu colo. Então nós temos que mostrar também o que aconteceu na Petrobras nesse tempo e como essa dívida de 900 bilhões de reais está sendo paga”, disse Bolsonaro.
O presidente falou logo depois do ministro da Economia, Paulo Guedes, e disse à plateia que o casamento entre os dois é “indissolúvel” e “não tem divórcio”.