Descontente com as posições do Itamaraty em discussões internacionais — inclusive em temas recentes no Conselho de Segurança da ONU –, o presidente Jair Bolsonaro começou a ouvir figuras importantes do governo para encontrar um nome que substitua o chanceler Carlos Alberto França no comando do Itamaraty.
A situação do chanceler se deteriorou no Planalto nos últimos meses e piorou bastante nas últimas semanas, quando o Brasil não seguiu países árabes — além de Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido — numa discussão no Conselho de Segurança da ONU que condenava ações terroristas no Oriente Médio. Bolsonaro, ao ser cobrado sobre a posição da diplomacia brasileira, nem sequer havia sido informado pelo chanceler do assunto.
Diante da crise provocada pela falta de apoio do Brasil a países árabes, Bolsonaro enviou o almirante Flávio Rocha, secretário Especial de Assuntos Estratégicos, aos Emirados Árabes para desfazer o mal-estar criado pela posição brasileira. A troca de comando na diplomacia brasileira é questão de tempo.