A demissão de José Mauro Coelho do comando da Petrobras serviu para a ala bolsonarista do Congresso recolher o balão da CPI da Petrobras que havia sido inflado no fim de semana.
Quem conversou com Arthur Lira nesta segunda, 20, diz que o presidente da Câmara não vai comprar sozinho a briga de instalar uma investigação contra a estatal. Lira, segundo esses aliados, queria apenas mandar um recado aos burocratas da companhia: não dá para ser estatal para o que interessa e seguir regras do mercado para lucrar.
Agora que o diretor-executivo de Exploração da estatal, Fernando Borges, tornou-se presidente interino da petroleira, as conversas vão rolar com mais suavidade — o encontro de líderes marcado para o fim da tarde será para mais uma vez malhar a petroleira, mas sem muita ação efetiva. O governo, por sua vez, segue estudando a engenharia envolvida na ampla mudança de executivos que pretende fazer na empresa.