Na terça-feira da semana passada, o ministro André Mendonça enviou um emissário para tentar marcar uma conversa com Renan Calheiros, como revelou o Radar. Até hoje, o indicado de Jair Bolsonaro para o STF sequer recebeu uma resposta do senador, relator da CPI da Pandemia e um dos principais desafetos do presidente.
Mendonça está em plena campanha para ter uma sabatina mais suave e tentar garantir o número mínimo de votos necessários para chegar ao Supremo. O silêncio de Renan, confirmado à coluna por senadores governistas, é apenas um indicativo das dificuldades que o chefe da AGU vai enfrentar.
Em nota divulgada no dia em que foi oficialmente indicado, Mendonça afirmou que se colocava à disposição do Senado e buscaria contato com todos os membros, “de forma respeitosa”. Renan, por sua vez, já havia declarado em uma entrevista ao Metrópoles que o ministro não preenche os requisitos necessários para assumir uma vaga no STF e que sua aprovação no Senado seria “muito difícil”.
Mas, entre apoiadores do ministro no Senado, a gelo de Renan é minimizado. Um encontro é considerado questão de tempo.