ATS acusa bolsa de atrapalhar sua entrada no mercado
A ATS, que desde 2012 tenta estruturar uma nova bolsa de valores no Brasil, partiu para o ataque e entrou com representação formal pedindo ao Cade que abra um inquérito contra a BM&FBovespa por práticas anticoncorrenciais.
Na denúncia de mais de 300 páginas, afirma que seu projeto vem sendo atrapalhado pelo “comportamento típico de monopolista que visa preservar ou manter seu monopólio”.
Se acatado, o inquérito pode dificultar a aprovação da fusão entre a BM&FBovespa e a Cetip, cujas negociações estão em fase final.
Entre os entraves, a ATS aponta que desde dezembro de 2014 vem tentando ter acesso aos serviços de depósito e liquidação da bolsa – uma das condições necessárias para obter autorização para operar no país –, mas até agora as conversas não prosseguiram.
Segundo a empresa, na última reunião, em agosto de 2015, a BM&FBovespa sinalizou que enviaria uma proposta, mas nunca chegou a recebê-la efetivamente.
A ATS Brasil é resultado de uma parceira entre investidores brasileiros, reunidos na Americas Trading Grupo (ATG), com a Nyse, do grupo da bolsa da Nova York.
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