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As promessas de bilhões durante a sanção da lei do “combustível do futuro”

Empresas assumem compromissos com o governo Lula de investir em usinas de biodiesel, etanol, biorrefinarias, estocagem de CO2 e centros de pesquisa

Por Nicholas Shores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 out 2024, 12h03 - Publicado em 8 out 2024, 12h02

Grupos empresariais que participaram da cerimônia em que o presidente Lula sancionou a chamada lei do “combustível do futuro” prometeram ao governo federal bilhões de reais em investimentos na produção e pesquisa dos tipos de bioenergia incentivados pela nova legislação.

Veja, abaixo, os compromissos assumidos pela iniciativa privada:

  • Raízen – implantação de nove usinas de etanol de segunda geração, no valor total de 11,5 bilhões de reais;
  • Inpasa Brasil – implantação da segunda fase da usina de etanol de milho em Sidrolândia (MS), além da finalização da usina de etanol em Balsas (MA) e da construção de biorrefinaria em Luís Eduardo Magalhães (BA), com investimentos de 3,4 bilhões de reais em 18 meses;
  • Grupo Potencial – investimentos de 3 bilhões de reais na cadeia de produção de biodiesel, com ampliação da usina de biodiesel em Lapra (PR);
  • Grupo FS – construção de unidade de captura e estocagem de CO2, associada à produção de etanol em Lucas do Rio Verde (MT);
  • Virtus, Eneva e Edge – implantação de corredor verde de transporte de gás natural, utilizando caminhões movidos a GNL; a primeira etapa terá 3.000 quilômetros de extensão e investimento de 1,3 bilhões de reais até 2026;
  • Shell – implantação de centro de pesquisa em bioenergia, em parceria com a Raízen e com o Senai, em Piracicaba (SP), com investimentos de 120 milhões de reais;
  • Be8 – implantação de planta de biodiesel em Uberaba (MG), com investimentos de 400 milhões de reais.

O Ministério de Minas e Energia (MME) considera o combustível do futuro “o maior programa de descarbonização do setor de transportes e mobilidade do planeta”.

Exemplos de novos combustíveis classificados como sustentáveis que a lei busca incentivar são o diesel verde, produzido por meio da transformação de diferentes matérias-primas renováveis, como gorduras de origem vegetal e animal, cana-de-açúcar, etanol e biomassas; o biometano, que aparece como alternativa para o setor de gás natural; e o Combustível Sustentável de Aviação (SAF, na sigla em inglês), também obtido a partir de matérias-primas renováveis. 

A nova lei ainda aumenta os percentuais mínimos e máximos de mistura do etanol na gasolina e do biodiesel no óleo diesel comum e cria um programa para estimular a atividade de captura e estocagem de CO2.

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