Ao rebaixar novamente a nota de crédito do Brasil – agora para “BB” dois níveis abaixo do grau de investimento –, a Fitch reconheceu que a mudança de governo pode ser uma oportunidade para implementar reformas.
Mas, dentro do discurso que vem sendo cada vez mais ponderado pelo mercado financeiro, a agência de classificação de risco chama atenção para os riscos de implementação de medidas pelo novo presidente.
“Uma recessão profunda e prolongada, acompanhada de desemprego em alta, e a incerteza em relação à força e a estabilidade do governo de coalizão (especialmente para aprovar reformar) mostram os desafios a serem enfreados por um potencial governo Temer”, ressaltaram os analistas em relatório divulgado há pouco.
A continuidade da Lava-Jato é apontada como outro risco, na medida em que pode trazer “cenários políticos imprevisíveis”.
Assim como em dezembro, quando tirou o grau de investimento do Brasil, a Fitch manteve a perspectiva do rating do Brasil como negativa, o que indica que novos cortes podem ocorrer em breve.