Regina Duarte começou a semana em um sonho cor de rosa. Apesar de todos os sinais de atropelo que vinham de Jair Bolsonaro na semana passada, a secretária acreditou que seria diferente – e chegou até mesmo a ver na fala do presidente, na última terça, uma demonstração de que nem tudo estava perdido – nesta semana, quando encontraria o presidente.
Nesta segunda, a atriz saiu do isolamento social, em São Paulo, rumo a Brasília cheia de planos para seu verdadeiro começo no governo na quarta, quando teria uma reunião de trabalho com o presidente.
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Clique e AssineNessa conversa, Regina esperava obter o respaldo até hoje lhe sonegado por Bolsonaro. Interlocutores da secretária garantem que ela estava convicta de que deixaria o Planalto com as nomeações que restavam para sua gestão garantidas e até com a solução para o desbloqueio de verbas do Fundo Nacional de Cultura.
Os planos de Regina, contudo, foram atropelados pelo amargor da realidade bolsonarista. Em uma publicação extra do Diário Oficial, o Planalto, em evidente desprezo ao trabalho de Regina, levou ao Diário Oficial da União a nomeação de Dante Mantovani para o comando da Funarte. Justamente o ex-diretor que fora o primeiro a ser demitido pela atriz, após a posse, há dois meses.
Quem conhece Regina, diz que ela não sabia de nada e que a nomeação de Mantovani, à sua revelia, pegou a atriz completamente desprevenida. “Foi uma punhalada, ou melhor, facada, nela. E essa a gente sabe que teve mandante”, confidenciou ao Radar uma fonte próxima a Regina.
O sentimento de amigos da atriz é de que a volta do ex-diretor da Funarte representa a gota d’água que faltava para que Regina chegasse ao seu limite. Regina pedirá demissão?
A conferir como o drama da secretária de Cultura se desenrola no palco de Brasília nas próximas horas.