Marx Beltrão mal chegou e já sofre pressão para deixar o Ministério do Turismo. Pelo menos, em Alagoas. Aliados de Renan Calheiros, a quem Beltrão deve sua chegada à Esplanada, querem que ele entregue a pasta.

A turma acusa o afilhado do presidente do Senado de não fazer o dever de casa.

Desde que assumiu o Ministério, em outubro, Beltrão já sofreu dois processos, nos quais exige-se o pagamento de multas milionárias. Além disso, Coruripe, sua terra natal e de onde foi prefeito por dois mandatos, sofre com o fechamento de pousadas e hotéis. Óbvio que a responsabilidade cairia sobre o colo de Beltrão, na avaliação dos empresários locais.

Para aliados de Renan, o senador deve tomar cuidado para que não respingue nele o inferno astral vivido pelo ministro.

(ATUALIZAÇÃO às 12h30: Desde a chegada de Marx Beltrão ao comando do Ministério do Turismo – com a indicação da bancada do PMDB da Câmara – a Pasta já empenhou R$ 178 milhões e pagou outros R$ 330 milhões com todos os estados contemplados. Cabe informar que o Ministério do Turismo e o ministro não podem ser responsabilizados pelo fechamento pontual de um ou dois meios de hospedagem em Coruripe (antes da posse de Marx Beltrão) face à mais severa crise enfrentada pelo Brasil na última década. Há mais de duas dezenas de empreendimentos turísticos em construção em Alagoas. Em dezembro, o próprio ministro participou de inaugurações e lançamentos com milhões em investimentos no estado.
É importante ressaltar que a gestão de Marx Beltrão tem sido enaltecida pelo Conselho Nacional de Turismo, que representa todos os segmentos da iniciativa privada do setor no país)