Com a derrocada da esquerda nas urnas, uma ala de ministros de centro levou a Lula uma “sugestão”: fazer agendas “fora da bolha” petista.
Foi influenciado por isso que o presidente se reuniu com evangélicos no Planalto outro dia.
Na semana passada, Lula recebeu líderes da igreja para sancionar a lei do “Dia Nacional da Música Gospel”. Durante a solenidade, uma fala do deputado Otoni de Paula, provocou discussões no meio evangélico mais bolsonarista.
Em dado momento, Otoni agradeceu o presidente por ter sancionado, em 2003, a Lei de Liberdade Religiosa. “As igrejas e organizações religiosas passaram, graças ao senhor, ao sancionar aquela lei, a ter personalidade jurídica, fazendo correções jurídicas no código civil, permitindo que as igrejas deixassem de ser simples personalidades como entidade de classe ou clubes de futebol. Assim, cada igreja passou a ter direito de fazer valer seu próprio estatuto”, disse o deputado.
Entrevistado no programa Os Três Poderes, de VEJA, o deputado foi além: “Cada um vota em quem quiser, mas, por favor, não vamos achar que a igreja tem partido, que a igreja é PL ou Bolsonaro, como não é PT e não é Lula”, disse.