Precisando de um bode expiatório para justificar os problemas de seu governo na economia, o presidente Lula voltou a atacar, nesta terça-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Na carona, bateu também em Sergio Moro, seu malvado favorito desde os tempos de prisão na Lava-Jato.
Durante a entrevista na CBN, Lula explorou o fato de o chefe da autoridade monetária ter participado de uma confraternização com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e ter se lançado a ministro do potencial candidato do bolsonarismo ao Planalto em 2026.
“Quando ele se lança para um cargo, eu fico me perguntando: nós vamos repetir o Moro? O presidente do Banco Central está disposto a fazer o mesmo papel que o Moro fez? O paladino da justiça com o rabo preso a compromissos políticos?”, disse Lula.
Citado por Lula, Moro respondeu ao petista, durante uma reunião da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. “Eu queria aqui registrar minha solidariedade ao presidente Campos Neto e o repúdio ao ataque pessoal, à falta de institucionalidade que foi manifestada hoje pela manhã pelo presidente Lula em relação a ele e ao Banco Central, querendo levantar uma cortina de fumaça sobre o fracasso do governo na gestão da economia”, disse Moro.
“O governo está derretendo, o dólar está subindo, as expectativas econômicas estão se deteriorando. Não existe outro assunto na política que não 2026, a demonstrar o fracasso desse governo. E o presidente Lula busca bodes expiatórios, tentando atribuir más intenções a gestão do Banco Central pelo Roberto Campos Neto”, seguiu o senador.