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A pedido de Celso Russomanno, Justiça suspende pesquisa do Datafolha em SP

Candidato alegou que levantamento do instituto não seguia regras determinadas pela legislação eleitoral

Por Da Redação Atualizado em 10 nov 2020, 13h26 - Publicado em 10 nov 2020, 12h06
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  • A pedido da coligação do candidato Celso Russomanno (Republicanos), o juiz Marco Antonio Martin Vargas, da 1ª Zona da Justiça Eleitoral de São Paulo, suspendeu na manhã desta terça-feira, 10, a divulgação de pesquisa do Datafolha sobre a eleição para a prefeitura de São Paulo.

    A divulgação estava prevista para a noite desta terça-feira. No pedido, a coligação sustenta que a pesquisa não seguiu determinações da legislação eleitoral para a divulgação de pesquisas. Entre as irregularidades estariam a ausência de ponderação dos entrevistados quanto ao nível econômico, a ausência de assinatura ou de sua certificação digital do estatístico responsável pela pesquisa eleitoral e a irregular fusão de estratos quanto ao grau de instrução dos entrevistados.

    Russomanno alega ainda que há “simulação tendenciosa de segundo turno diante da ausência de simulações sem a presença do candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB)”. Na última pesquisa do Datafolha, o tucano liderava isolado a corrida pela prefeitura, com 28% das intenções de voto, seguido por Russomanno (16%), Guilherme Boulos, do PSOL (14%), e Márcio França, do PSB (13%).

    A pesquisa seria a quinta divulgada pelo instituto desde a semana de início da propaganda eleitoral no rádio e na TV. Russomanno vinha enfrentando quedas seguidas nos levantamentos: foi de 29% (em 5 de outubro) para 27% (em 8 de outubro), depois para 20% (em 22 de outubro) e depois para 16% (em 5 de novembro).

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    O juiz deu prazo para o Ministério Público Eleitoral e a empresa Folha da Manhã  S.A. apresentarem suas alegações. O Datafolha também pode recorrer a outra instância para fazer valer a divulgação prevista para esta terça-feira.

    Segundo Alessandro Janoni, diretor de pesquisas do Datafolha, o instituto utiliza como referência nas eleições de 2020 as mesmas variáveis de planejamento amostral e ponderação dos dados que há mais de 35 anos dita o monitoramento dos pleitos da cidade de São Paulo, com o objetivo de representar todos os estratos do eleitorado paulistano.

    “Causa espanto e é preocupante um pedido de impugnação da divulgação justamente agora quando o candidato que solicita a censura apresenta queda nas intenções de voto. É um ataque ao direito do eleitor de se informar, uma ação antidemocrática”, afirmou Janoni ao jornal Folha de S. Paulo.

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