Representante de cerca de 100 empresas de proteína animal, com forte foco no setor de aves e suínos, a Associação Brasileira de Proteína Animal montou um gabinete de crise para monitorar o avanço da pandemia de coronavírus tão logo a ameaça global começou a se revelar.
Em contato direto com o gabinete da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o chefe da entidade, Francisco Turra, tranquiliza os brasileiros ao dizer que as áreas técnicas do governo estão dando todo o suporte para que a produção de alimentos continue a todo vapor.
Para o setor, o momento é de encarar o abastecimento das cidades como uma “missão” de guerra. “Todos precisam fazer sua a parte”, diz.
As empresas representadas pela ABPA produzem cerca de 1,3 milhão de toneladas de carne por mês. Desse total, 70% da carne fica no mercado interno brasileiro, abastecendo mercados de norte a sul do país. Há ainda uma grande produção de ovos que segue a todo vapor.
“Temos apoio total do Ministério da Agricultura para produzir. Sabemos que o desastre maior numa crise como essa é deixar a população sem comida”, diz Turra.
O presidente da ABPA destaca a importância de os gestores municipais garantirem a circulação das redes de abastecimento nessa crise. Ele cita o caso de uma prefeitura do Rio Grande do Sul que fechou a cidade para conter a contaminação como um exemplo de medida que dificulta o trabalho de abastecimento dos supermercados.