Com menos representatividade no colegiado do que no primeiro semestre, a oposição ainda ocupa os cargos de condução da CPI do MST na Câmara dos Deputados. Nesta terça-feira, o depoimento de João Pedro Stédile, um dos fundadores e líder do Movimento Sem Terra, é considerado um momento chave da Comissão por integrantes da mesa diretora.
Stédile será questionado sobre uma suposta “terceirização” da reforma agrária por governos petistas a movimentos sociais, como o MST. Ele também deve ser confrontado sobre a violência relatada por ex-militantes, assentados no município de Prado, na Bahia, que prestaram depoimento à CPI na semana passada.
Depoimentos de ex-integrantes do MST de Goiás e do Distrito Federal também vão embasar críticas ao líder do Movimento. O objetivo do colegiado é que, ao fim dos trabalhos, Stédile e o líder da Frente Nacional de Lutas, José Rainha, sejam indiciados.
Nesta semana, a CPI fez uma diligência em Hortolândia (GO). Os deputados ainda escutam, na quarta-feira, Geraldo Melo Filho, presidente do Incra, e o ministro da Agricultura Carlos Fávaro, na quinta. Antes do fim do trabalho, os integrantes querem fazer mais uma ida à campo na Bahia.