O presidente Lula iniciou o governo com uma extensa agenda com autoridades estrangeiras. No primeiro dia de mandato, ele marcou conversas com 17 delegações, que vieram para Brasília prestigiar a posse. Há quatro anos, Jair Bolsonaro teve apenas quatro reuniões com representantes do exterior.
O ex-presidente se encontrou com o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro da Turquia, Viktor Obrán e Ji Bingxuan, vice-presidente da Assembleia Popular da China, o equivalente ao parlamento no país asiático.
A agenda de Lula conta com oito chefes de Estado da América Latina, enquanto Bolsonaro não fez nenhuma reunião bilateral com os países vizinhos. O presidente português é a única autoridade que marcou presença no primeiro dia de governo de 2019 e de 2023.
O petista, no entanto, não se encontrou com nenhum representante dos Estados Unidos, a maior economia do mundo. A China, que tem o segundo maior PIB do globo, enviou o vice-presidente da República, Wang Qishan, enquanto Bolsonaro recebeu o vice-presidente do Congresso.
Uma das principais bandeiras de Jair Bolsonaro foi uma mudança drástica nas relações exteriores. O primeiro chanceler, Ernesto Araújo, era um combatente ferrenho contra o “globalismo” e defensor das ideias de Olavo de Carvalho na chamada guerra cultural. No primeiro dia de governo Bolsonaro, Araújo encontrou representantes de Angola, Polônia, Coreia do Sul, Emirados Árabes, Singapura, Japão e Canadá.