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A Baixada está dividida entre Bolsonaro e Lula, diz prefeito de Caxias

Washington Reis (MDB) diz que a terceira via não emplacou na região do Rio que tem quatro das dez maiores cidades do Estado

Por Lucas Vettorazzo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 mar 2022, 18h25 - Publicado em 18 mar 2022, 14h30

Washington Reis (MDB), prefeito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, é atualmente um dos principiais aliados de Jair Bolsonaro (PL) na região que tem quatro das dez cidades mais populosas do Estado. Ele reconhece que as eleições para presidente deste ano não serão o baile bolsonarista de 2018, quando Fernando Haddad (PT) perdeu para Bolsonaro em todos os municípios do Rio.

O prefeito teve o apoio do presidente e de sua família para se reeleger em 2020, mas no passado já dividiu palanque com Lula, Dilma Rousseff e o PT. Reis disse ao Radar que a ideia da terceira via não emplacou na Baixada e que o eleitor local está dividido entre votar em Bolsonaro ou Lula.

“A eleição deste ano vai ser muito difícil. Aquele discurso da renovação de 2018 não cola mais. A população quer ver trabalho feito. O capital trabalho será o fiel da balança. Quem mostrar que faz mais vai ganhar. Será polarizado entre Bolsonaro e Lula, não tem jeito. Aqui não acreditamos mais na terceira via. Nas pesquisas que temos, um terço dos votos da Baixada está com o Lula e um terço, com Bolsonaro. O terço restante está com os outros candidatos, com indecisos e votos brancos e nulos”, disse.

Reis vai deixar o cargo de prefeito para tentar se eleger neste ano a uma vaga ao Senado. Ele vai apoiar a reeleição de Cláudio Castro (PL) ao governo do Rio, mas não será o candidato da coligação que terá Romário (PL) como concorrente ao posto e apoio oficial do presidente Jair Bolsonaro.

O Radar apurou que ele deve integrar o grupo de caciques do MDB que abrirá uma dissidência e defenderá apoio a outros nomes que não o da pré-candidata à presidência do partido, a senadora Simone Tebet.

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