VEJA Mercado | 29 de agosto de 2024.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em alta na manhã desta quinta-feira, 29. O governo Lula indicou o economista Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central a partir de janeiro de 2025. O anúncio foi feito pelo ministro Fernando Haddad e Galípolo precisa ser aprovado pelo Senado em uma sabatina ainda sem data definida. Galípolo tem 42 anos, se formou em economia pela PUC-SP, foi professor, pesquisador, CEO do Banco Fator e secretário-executivo do ministério da Fazenda já no ano passado, antes de assumir a diretoria de Política Monetária do BC, há pouco mais de um ano. Ele era o franco favorito para o cargo e a indicação não surpreende o mercado financeiro, que esboçou uma reação bem tímida à notícia.
Galípolo tem reforçado em eventos que todas as opções estão na mesa do Copom e não descarta uma alta de juros na reunião de setembro. O atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, parabenizou Galípolo e disse que a transição será suave.
Diego Gimenes entrevista Henrique Meirelles, presidente do Banco Central por oito anos nos dois primeiros mandatos do presidente Lula e ex-ministro da Fazenda. Ele afirma que a autonomia formal do Banco Central dá mais condições a Galípolo de resistir a pressões internas e externas. “Na minha época, havia uma convicção de todos os agentes econômicos de que o Banco Central sob um governo do PT seria leniente com a inflação, era necessária uma demonstração de compromisso do BC com a inflação”, disse. “O ponto fundamental de agora é a independência legal. À medida que ele seja aprovado e empossado, há a segurança de que não poderá ser exonerado pelo presidente. Galípolo tem todas as condições para a resistir a pressões internas e externas.” O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h.
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