Existe urgência para mitigar os efeitos climáticos que pairam o planeta Terra, mas é preciso ter sempre cuidado em relação aos projetos ESG. O Laboratório Global de Inovação em Finanças Climáticas (Lab) é uma iniciativa que presta consultoria e mobiliza recursos para projetos inovadores no campo da sustentabilidade. Em alguns casos, o projeto em si é mais importante que o histórico da empresa que o apresenta. “Eu olharia menos para os antecedentes e mais para a inovação, mas é fato que o projeto precisaria se encaixar em uma série de exigências”, diz Felipe Borschiver, economista do Lab no Brasil. São quatro os principais critérios avaliados pela companhia para prestar o serviço de fazer a “ponte” entre projeto e investidor: inovação/ineditismo, capacidade de efetivação, autossustentabilidade econômica e potencial catalítico. Em poucas palavras, a empresa quer saber se o projeto não é cópia de algo que já existe e se tem de capacidade de atingir um número significativo de pessoas a um custo baixo e, de preferência, que seja autossustentável. O Lab é uma iniciativa de 70 grandes investidores que mobilizou cerca de 16 bilhões de reais em projetos de enfrentamento à crise do clima em países emergentes, mas é preciso ter cuidado para não cair no greenwashing, a prática de mentir ou camuflar informações sobre os reais impactos dos projetos no meio ambiente.
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