Veja Mercado | Fechamento da semana | 26/09 a 30/09
Não haveria como ser de outro modo, a eleição para a Presidência da República tomou o dia a dia nacional e as atividades do mercado financeiro na última semana de setembro. A possível definição do pleito em primeiro turno com uma vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o que esperar de um terceiro mandato do petista são assuntos que têm pautado especulações de analistas. A relação do ex-presidente com o empresariado foi marcada por acenos e desencontros. Em evento do grupo Esfera Brasil, Lula foi elogiado por sua proximidade com Geraldo Alckmin (PSD), seu vice, mas criticado por sua enfática rejeição ao teto de gastos. Se abolisse o teto, não se sabe o que Lula colocaria em seu lugar – se é que o substituiria. Daí um dos motivadores de especulações. Entretanto, o clima do encontro com a elite do empresariado brasileiro foi descrito como harmonioso.
Aliado a isso, relatos conferidos ao Radar Econômico de que Henrique Meirelles figura como o principal nome para comandar a economia causaram euforia no mercado, motivando o Ibovespa a registrar alta de mais de 2% na sexta-feira em uma semana de perdas. Com a proximidade da eleição, analistas têm se sentido um pouco mais confortáveis para prever os rumos do mercado a depender do resultado. O Morgan Stanley chegou a afirmar que, se Lula for eleito, bancos públicos não devem tomar espaço de mercado de seus concorrentes privados.
Já no plano externo, um grande rebuliço vindo do Reino Unido afetou o restante do mundo no início da semana. Com o anúncio de pacote fiscal de 45 bilhões de libras, ou 270 bilhões de reais, que em maior parte seria financiado com o aumento da dívida do país, libra despencou e fechou a terça-feira em paridade com o dólar. A preocupação é de que o momento não é nada oportuno para medidas que incentivem o consumo das famílias, como a proposta, devido a alta histórica da inflação.
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