A Pague Menos S.A., que reúne as redes de farmácias Pague Menos e Extrafarma, registrou um lucro líquido de 44,2 milhões de reais no segundo trimestre deste ano, revertendo um prejuízo de 2,9 milhões de reais apresentado no mesmo trimestre de 2023. O dado está em linha com um dos principais objetivos da nova gestão da companhia, iniciada em janeiro de 2024, reduzir seu nível de endividamento. A dívida fechou o trimestre em 1,35 bilhões de reais, ou cerca de 2,5 vezes o Ebitda — o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização. Parte da estratégia envolve abrir poucas lojas ao longo do ano e apostar na melhora das que já existem, além de apostar em canais de venda digitais.
A Pague Menos não vai inaugurar nenhuma loja física no segundo semestre, tendo aberto 30 nos seis primeiros meses do ano. “O mercado tem aumentado seu portfólio de lojas, em média, em 8% a 10% ao ano. Se fossemos inaugurar o que o mercado está inaugurando, deveria ser algo próximo de 100 lojas”, diz Luiz Novais, diretor financeiro (CFO) da companhia. A ideia é que, reduzindo o endividamento para 2,0 vezes o Ebitda até o final do ano, a Pague Menos intensifique a abertura de novos pontos de venda a partir de 2025.
Enquanto a companhia freia o investimento em novas lojas físicas, a melhoria dos mais de 1650 pontos de venda já existentes, além de canais digitais tem sido priorizada neste ano. Atualmente, 14,1% da receita bruta da Pague Menos, de um total de 3,4 bilhões de reais, vem de canais digitais como WhatsApp e aplicativo proprietário da marca. Ao final de 2023, o percentual era de 12,5%. “Temos potencial para chegar a 20% da receita vindo dos canais digitais no curto ou médio prazo, como já ocorre na nossa operação no estado de São Paulo”, diz Novais. Além de promissor no volume de vendas, o meio digital também acarreta em compras maiores por parte dos clientes. O valor médio de uma venda da Pague Menos é de 80 reais, enquanto no meio digital o preço médio é próximo de 120 reais.