O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o governador Romeu Zema (Novo-MG) articulam um acordo para a renegociação de 160 bilhões de reais em dívidas de Minas Gerais com a União. A negociação envolveria a transferência das participações mineiras na Codemig, Cemig e Copasa para o governo federal, além de processos judiciais decorrentes da tragédia de Mariana e um novo programa de refinanciamento da dívida estadual. Os termos pegaram o mercado de surpresa e as ações da Cemig, a companhia de energia de Minas, fecharam em queda de 10% na última quarta-feira, 23.
Apesar da ingrata surpresa, alguns analistas entendem que as mudanças no tabuleiro podem ser positivas para a Eletrobras. A avaliação é que o governo federal teria em mãos a sua própria empresa de energia e poderia concentrar menos esforços na reversão da privatização da Eletrobras. “A Cemig passaria a ser a Eletrobras que o governo não conseguiu ter. Caso a federalização se conclua, podemos ter uma leitura positiva para a Eletrobras dado que o governo já teria uma utility para chamar de sua”, escrevem os analistas do BTG Pactual em relatório enviado a clientes.