Um grupo de profissionais com experiência no mercado financeiro, que trabalhava em bancos tradicionais e decidiu alçar voo próprio. Estes são alguns traços comuns entre os escritórios de agentes autônomos, cada vez mais assediados e disputados a unha por instituições como XP Investimentos e BTG Pactual. Não foi diferente com o SWM, escritório criado em janeiro de 2020 e que já nasceu plugado ao sistema BTG, com foco na gestão de fortunas. “Tivemos assédio da XP, mas não abrimos negociação. Vimos no BTG a operação que nos completava, seja pela expertise do banco no mercado de capitais ou pelas alternativas que ele oferece aos clientes”, conta Manoel Campos, sócio-fundador do SWM.
Em apenas um ano e meio de operação, o SWM bateu a marca de 2 bilhões de reais em patrimônio de clientes, distribuídos em cerca de 70 grupos econômicos. Segundo Campos, a meta inicial era bater 1 bi somente dois anos após o início dos trabalhos. “Quando os clientes antigos migram conosco para o SWM, dificilmente vão com ticket pequeno. Soma-se a esse fator o momento oportuno de renda variável que a pandemia proporcionou”, explica. O ticket médio varia entre 15 e 17 milhões de reais, mas boa parte dos clientes possui com o escritório um patrimônio alocado de 50 milhões de reais.
Atualmente, a XP detém cerca de 80% do mercado de agentes autônomos e depois de vários ataques do BTG a seus associados resolveu seguir a fórmula do próprio BTG, que é transformar esses escritórios em corretoras e virar sócio. Foi o caso da Messem Investimentos, que, com 10 bilhões de reais sob custódia, virou uma corretora com participação de 50,1% no negócio, enquanto a XP ficou com a outra fatia de 49,9%. O mesmo modelo foi adotado pela Blue3, que também se transformou em corretora. Do outro lado, o BTG já tirou da XP grandes escritórios como EQI, Lifetime e Acqua-Vero, nos últimos meses.